sexta-feira, 17 de abril de 2009

HISTÓRICO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DOM JOAQUIM

HISTÓRICO DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DOM JOAQUIM


Em 1º de agosto de 1923, foram iniciados os trabalhos na ESCOLA PAROQUIAL "DOM JOAQUIM". Eram professores: Antônio Rohden, Pedro Scharf e Roberto Kniess, que administravam aulas para 122 alunos. O diretor, na época, era o Pe. Nicolau Gesing.
Em 17 de janeiro de 1930, pelo Decreto nº 2.362, o Dr. Adolfo Konder, então governador do estado de Santa Catarina, equiparou a Escola Paroquial aos Grupos Escolares do estado, com a denominação de GRUPO ESCOLAR ARQUIDIOCESANO DOM JOAQUIM DOMINGUES DE OLIVEIRA. Nessa época, eram professores: Pedro Michels, Pedro Scharf, Isaltina E. Nunes e Antônio Rohden. Era diretor o Pe. Jacob Luiz Neibel.
Em 30 de março de 1930, é fundada a Biblioteca São Luiz, que mais tarde passa a ter a denominação de Biblioteca Pe. Anchieta.
Em 1934, assumiu a direção do Grupo Escolar o Sr. Manoel Coelho.
Em 1936, assumiu a direção o Sr. Antônio Rohden.

Em 15 de fevereiro de 1941, instalou-se, anexo ao Grupo Escolar, o CURSO COMPLEMENTAR, criado pelo Decreto nº 948.
Em 1943, a direção era assumida pela Sra. Angélica dos Santos Guedes Cabral.
Aos 06 de agosto de 1944, foi concluída uma nova construção para a instalação do Grupo escolar, à rua Nereu Ramos, o qual foi inaugurado com a presença do Interventor Federal, Sr. Dr. Nereu Ramos, e do Patrono, Excelência Reverendíssima Dom Joaquim Domingues de Oliveira, DD. Arcebispo Metropolitano de Estado de Santa Catarina.
Transcrevemos o discurso proferido pelo Patrono, DD. Arcebispo Metropolitano Dom Joaquim Domingues de Oliveira, na ocasião das comemorações:

DISCURSO DO SENHOR ARCEBISPO

Exmo. Sr. Interventor Federal, Exmo. Sr. Prefeito Municipal, Exmas. Autoridades, Exmas Senhoras, Senhores – Cumprindo-me subir a esta tribuna, sinto quanto é difícil fazê-lo neste momento. porque, se, de um lado, não vejo em mim nada, ou, pelo menos, muito pouco, para merecer a homenagem que, ao menos indiretamente, e por esse modo público e solene – soleníssimo, e que durará quanto o edifício, que tanto o honra, quanto o perpetua –, por outro, sinto que não posso recusar. “Não me julgueis com injustiça”, repetiria com notável homem público e jornalista eminente, em circunstância semelhante. Em mim, de mim, e em se tratando, de estabelecimento como esse, – templo sempre aberto aos que se dedicam ao saber, – o meu principal título, bem modesto, aliás, com que pudesse ser indicado, era o meu feitio de estudante. Velho estudante. Velho, mesmo independente dos anos, muito além do outono, que vem dos bancos do antigo regime, dos últimos anos da Monarquia, – da taboada e do bolo, se quiserdes: – da Velha República, que continua na Nova; e, como estudante, pois que jamais desamou o estudo, espera poder continuar, pelos dias que aprouver ao Céu conceder-lhe. Longas camadas, pois, – longas – de tirocínio, e, se me é lícito afirmar, de compreensível e justificável brasilidade. “Estudante sou, repetiria com o grande mestre, nada mais. Mau sabedor. Pouco mais sei do que saber estudar, saber como se estuda e saber que tenho estudado. Nem isso sei se saberei bem.” Ainda assim, com autoridade relativa com que me apresente, senão a sábios, que o não pretendo, nem aos mais experientes, aos que se iniciam na vida escolar, ou experimentem os primeiros e segundos passos, neste estabelecimento, espaçoso e atraente, moderno e arejado, de tudo provido, jardins e campo, museus e biblioteca, salas e mestres, estes, cuja competência acaba de ser, pelo modo mais competente e autorizado, como todos ouvistes, e que a todos nos associamos, e com alunos que são ou serão dos mais diligentes, eles que já compareceram como dos mais numerosos e disciplinados. Diligentes, para corresponder às esperanças de seus dignos pais e esforçados mestres. Diligentes, no afã do honesto e radioso futuro, que os aguarda. Diligentes, quanto o requerem os esforços e mesmo essa soma de caridade, com que acaba de os galardoar o benemérito Governo do Estado.
Destarte, se entendeu colocar, com gesto, aliás, que, se nos confunde, tão profundamente nos penhora, o Grupo Escolar sob patrocínio de “D. Joaquim”, não será, propriamente, a pessoa que se vise, senão o Arcebispo, o sacerdócio, o cargo, o grau que ocupa na Igreja, de que ele é inseparável, portanto a própria Igreja, sendo ela, afinal, mais do que tudo e todos, a homenageada, e de que ele não passa de humilde e obscuro intermediário. E eis porque já lhe não é lícito recusar essa homenagem, que por esse modo lhe é atribuída por S. Exª. o Sr. Interventor Federal, cujas benemerências acabam de ser tão justamente reconhecidas e proclamadas, com esses aplausos, com essas presenças, presença de autoridades e presença do povo, do povo todo de Braço do Norte. Foi mesmo esse um dos traços mais salientes – a confraternização de todas as classes – que mais terá impressionado seus ilustres visitantes.
A Igreja, a nossa Igreja... Acaba de tecer-lhe um hino, e dos mais formosos e fervorosos, o Exmo. Sr. Interventor. Ouviste-lo, todos, embevecidos e enlevados. Em verdade, ela é a mãe da cultura, e, com sua cruz e o seu Evangelho, a que derrama pelo mundo a verdadeira e mais autêntica civilização. Porque a outra, Srs. a que a precedeu, ou que, por ventura, ainda hoje a imite nos processos e lhe segue os passos, essa não passa de uma bárbara civilização. Sabido é que, antes da chamada Reforma, possuía a Europa 81 Universidades, não necessitando a Igreja e a humanidade do advento dos inovadores, para incremento e incentivo dos templos do alto, e ainda, modesto saber. Destas, 13 não possuíam documento, propriamente dito, de fundação; 15 deviam-no ao poder imperial; 20, a ambos os poderes, papal e imperial; e 33, o maior número, exclusivamente ao poder papal. E assim como Roma, a cidade dos Papas, é a primeira cidade do mundo em ateneus, academias, bibliotecas, institutos superiores e associações culturais, a cidade do Vaticano, sede do Chefe Supremo da Igreja, por tudo isso, e ainda pelos seus inigualáveis tesouros de arte, que tantas vezes guiou, inspirou ou orientou, representa um tesouro, de quilate espiritual tão precioso, que constitui o orgulho da inteligência humana de todos os séculos.
Preparada à revelia, e constituindo, até há pouco, verdadeira surpresa, não recusa pois o Arcebispo essa impressionante homenagem, prestada com intuitos tão elevados e enobrecedores. No mesmo frontal, que ostenta o nome do Arcebispo, nesse mesmo, em bronze, símbolo do que há de mais perene, se lê o do ilustre Sr. Interventor Federal. Reconhecimento oficial das benemerências da Igreja, de que o Arcebispo não passará de modesto e apagado debuxo. Em verdade, como tão acertadamente escreveu S. Exª., “é pela educação, processada na harmonia dos seus aspectos intelectual, moral e físico, que incorporaremos na marcha ascensional do Brasil, gerações capazes, altivas, fortes e felizes”. Tal como a Igreja, no seu Código, que adjudica essa obrigação primordial aos pais, “obrigação gravíssima”, que tem a raiz na consciência, acrescida ainda do dever da solicitude pelo bem material e temporal da prole. “É de mister, continua S. Exª., que o nosso idioma, o idioma do Brasil, seja conhecido e estimado...” Eco, ou confirmação da Igreja, que inclua a adaptação dos próprios estudos seminarísticos, isto é, dos futuros levitas do templo, pelos programas do Estado, exigindo, contudo, especial carinho e atenção pela religião e língua latina, como pela língua pátria. E não só o Código, como outros documentos pontifícios, e das Congregações Romanas.
Eis, pois, gravada, bem alto, no vosso Grupo, a humildade do nosso nome. Sub-patronos, Casimiro, Castro Alves, o grande Ruy... Vêde a minha confusão e o meu enleio... Casimiro, o poeta mavioso das Primaveras; Castro Alves, que elevou a poesia à altura das águias e dos condores; Ruy, o grande Ruy, que cresce e mais se avulta, à medida que os dias vão difundindo.
Assim exposto, que ele signifique, ao menos, que jamais a causa relevante, e, sob vários aspectos, necessária e imprescindível, da instrução e da educação nunca desmereceu das nossas bênçãos. Que ele, seja outrossim, novo traço de união que mais nos prenda, se possível, a este povo, nosso velho conhecido e amigo, e cujo progresso tanto mais prezamos, quanto parece correr parelhas com as águas rumorosas e irrequietas e de seus rios. Mas que ele exprima, sobretudo, os votos que formulamos, mais, a certeza que nutrimos de que pela educação assim processada, novos, radiosos horizontes se desvendarão para a nossa pátria – o Brasil!

Em 1945, assumiu a direção do Grupo Escolar o Sr. Lauro Locks.
Em 1947, a direção era assumida pela Sra. Olga Horn de Arruda.
Em 1o de março de 1950, através do Decreto nº 602, anexo ao Grupo Escolar Dom Joaquim, foi criado o CURSO NORMAL REGIONAL JOÃO GUIMARÃES PINHO.
Em 1963, o Curso Normal Regional João Guimarães Pinho passou a denominar-se GINÁSIO NORMAL JOÃO GUIMARÃES PINHO.
Em 08 de março de 1965, foi instalado o II GRAU, com o nome de COLÉGIO NORMAL PROFESSOR LAURO LOCKS, através do Decreto nº 3.411, o II Grau funcionava no prédio do Grupo Escolar Dom Joaquim.
Em 1971, assumia a direção a Sra. Maria Osvalda Pereira.
Em 1972, o Ginásio Normal, vinculado ao Colégio Normal Profº Lauro Locks, foi transformado, sem decreto, em CICLO BÁSICO DO COLÉGIO NORMAL.
Em 10 de agosto de 1976, por ato do Poder Executivo, no Decreto nº 1.192, passaram a compor um só estabelecimento de ensino de 1º e 2º graus o então Grupo Escolar Dom Joaquim e o Colégio Normal Profº Lauro Locks, com a denominação de COLÉGIO DOM JOAQUIM. Nessa época, em 1976, assumiram a direção os seguintes educadores: Terezinha Arlete Kuerten Bianchini – diretora geral; Enid Daufenbach – diretora de 1o grau; Martinho Guilherme Oenning – diretor de 2o grau.
Em 1983, criou-se a pré-escola.
Em 1987, a direção era composta pelos educadores: Maria Ana Pires de Oliveira (Cotinha) – diretora geral – e Fridolino José Isidoro – diretor adjunto.
Em 1991, a direção era assumida por: Inivaldo João Ostrowski – diretor geral; Terezinha Volpato – diretora adjunta; em 1992, Nivaldo de Oliveira Souza, também como diretor adjunto.
Em 1995, assumiram a direção: Rita Azevedo – diretora geral; Marlene de Oliveira Santos e Terezinha Volpato – diretoras adjuntas; esta última, substituída, em 1996, por Zélia Della Giustina Guinzani.
Em 1999, assumem a direção: Maria Niehues Soeth e José de Oliveira Knaben (Biduca)
Até 1999, o Colégio Estadual Dom Joaquim possuia a Educação Infantil (antes pré-escola), Educação Fundamental (antes primário e ginásio), Ensino Médio (Curso de Educação Geral) e o Curso de Magistério, com Habilitação em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
Em 2000, aconteceu o reoordenamento escolar no estado de Santa Catarina (foram desativadas muitas escolas isoladas do interior, sendo seus alunos absorvidos pelas escolas maiores), através do qual o estabelecimento passou a denominar-se ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA "DOM JOAQUIM", atendendo somente o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e o Ensino Médio.
Em 2003, assumem a direção as educadoras Valburga Beza Michels (diretora geral), Rosiani Cunha de Souza e Iêda de Oliveira Waterkemper (diretoras adjuntas), as quais ficaram até maio de 2004.
No ano de 2004, foi iniciada a obra do GINÁSIO POLIESPORTIVO em nossa escola.
Em 05 de maio de 2004, assumem a direção: Orildo De Biasi Raldi e Waldir da Rosa, como diretores adjuntos, e Rita Azevedo Felipe, como diretora geral.
Em janeiro de 2005, assume Zélia Della Giustina Guinzani, como Diretora Adjunta, substituindo Waldir da Rosa.
Em 2006, com a mudança da Legislação Estadual, Rita Azevedo Felipe é a diretora da escola e Zélia Della Giustina Guinzane é a assessora.
Em 2006, passa a funcionar na EEB Dom Joaquim uma extensão do Centro de Educação Profissional Diomício Freitas - CEDUP – de Tubarão, com cursos técnicos profissionalizantes: Vigilância Sanitária, Segurança no Trabalho, Gestão em Contabilidade e Informática na área de Programação. O educador Orildo De Biasi Raldi é o Coordenador desta extensão. Eram atendidos, aproximadamente, 140 alunos da nossa região (Braço do Norte, Gravatal, Grão Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Orleans).
A Escola de Educação Básica "Dom Joaquim" conta com, aproximadamente, quase 1.200 alunos e um corpo técnico em torno de 70 funcionários (em 2009).

Fonte:
RALDI, Angela A. Altoff (ORG). Dom Joaquim Domingues de Oliveira: Patrono - Histórico do Colégio Estadual Dom Joaquim. Encadernação xerox pelo Colégio. Braço do Norte, 1999. 37p.
Documentos existentes na escola.
Relatos de membros da comunidade escolar e local.

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